JERÔNIMO DE PRAGA (1360 - 1416)
São Jerônimo, embora consciente do risco que corria, apresentou-se ao Concílio de Constança (sudoeste da Alemanha), ano de 1414, para defender os ensinos do seu amigo John Huss, e dar testemunho de sua fé. Logo após haver confirmado suas idéias "heréticas", foi encarcerado numa masmorra, alimentado a pão e água. Doente, debilitado e abandonado por amigos, cedeu à pressão dos inquisidores e declarou que retornaria à fé católica. Ainda assim, retornou à prisão e lá permaneceu por trezentos e quarenta dias. Durante esse tempo, refletiu sobre a sua fraqueza de fé e se sentiu envergonhado de haver cedido. Verificou que não valia a pena negar as verdades bíblicas para salvar a pele. Novamente perante o Concílio, Jerônimo falou: "Estou pronto para morrer. Não recuarei diante dos tormentos que me estão preparados por meus inimigos e falsas testemunhas, que um dia terão que prestar contas de suas imposturas diante do grande Deus, a quem nada pode enganar. De todos os pecados que cometi desde minha juventude, nenhum pesa tão gravemente em meu espírito e me acusa tão pungente remorso, como aquele que cometi neste lugar fatídico, quando aprovei a iníqua sentença dada contra Wycliffe e com o santo mártir John Huss, meu mestre e amigo". E prosseguiu Jerônimo: "Confesso-o de todo o coração e declaro com horror, que desgraçadamente fraquejei quando, por medo da morte, condenei suas doutrinas. Portanto, suplico a Deus Todo-poderoso Se digne perdoar meus pecados, e em particular este, O MAIS HEDIONDO DE TODOS. Provai-me pelas escrituras que estou em erro, e o abjurarei. São as tradições dos homens mais dignas de fé do que o Evangelho do nosso Salvador?" São Jerônimo foi logo levado à fogueira. Quando as chamas começaram a queimar seu corpo, orou ao Pai: "Senhor, Pai Todo-poderoso, tem piedade de mim e perdoa os meus pecados; pois sabes que sempre amei Tua verdade".
JOANA D'ARC (1412 - 1431)
Uma das milhares de vítimas dos autos-de-fé do Santo Ofício. Dizendo-se enviada por Deus, ela desejou e conseguiu, embora parcialmente, livrar sua Pátria, a França, da dominação inglesa. A "heroína da França" não se livrou das mãos dos inquisidores. Por causa de suas ousadas atitudes, foi acusada de feiticeira, sortílega, bruxa, pseudo-profeta, invocadora de espíritos malignos, idólatra maldita e amaldiçoada, escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz do País, incitadora de guerras, cruelmente sequiosa de sangue humano, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, mágica, supersticiosa, cruel, dissoluta, invocadora de diabos, apóstata, cismática e herege. Joana d´Arc, vítima de uma traição, é feita prisioneira e entregue ao Tribunal da Inquisição para julgamento espiritual. O inquérito é comandado pelo Bispo Messire Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, a quem coube intermediar o resgate da donzela por dez mil escudos franceses, a fim de ser entregue ao Vigário Geral da Inquisição da Fé no Reino de França. A alegação era a de que, por ela, "Deus tinha sido ofendido sem medida, a Fé excessivamente afrontada, e a Igreja desonrada". O Tribunal da Inquisição funcionava assim: se o réu reconhece a culpa, há esperança de ser reconduzido ao rebanho de Deus, e será condenado à prisão perpétua; se não se retrata, será torturado uma vez. Como a tortura não podia ser renovada, era apenas "interrompida" no caso de desmaio. A nova sessão de tortura seria uma continuação, e não uma nova tortura. Lembremos que o emprego da tortura foi permitido pelo Papa Inocêncio III. Condenada a ser queimada viva como relapsa, herética e feiticeira, Joana d´Arc foi supliciada publicamente na Praça do Mercado Velho, em Rouen (França), em 30 de maio 1431. Por ato do Papa Bento V, em 1920, a "maldita" donzela foi canonizada. Aos olhos da Igreja Católica ela, agora, é uma santa. Aos olhos de Deus, ela sempre foi uma santa, a Santa Joana d'Arc.
MARTINHO LUTERO (1483 - 1546)
Considerado o fundador da doutrina protestante, o santo Lutero, de naturalidade alemã, doutorou-se em Teologia pela Universidade de Wittenberg, e, por esse tempo, leu pela primeira vez a Bíblia. Tendo sido tomado de um imenso desejo de ter uma comunhão mais estreita com Deus, resolveu ser monge e entrou na Ordem dos Agostinianos, no ano de 1505. Lutero levava uma vida de simplicidade, de jejum e orações. A leitura da Bíblia lhe havia despertado a consciência. Foi tocado pela luz do Evangelho e estava decidido em caminhar no Caminho chamado Jesus. Em 1510, "esteve sete meses em Roma, a fim de tratar assuntos relacionados com a Ordem, e voltou de lá impressionado com o que vira: luxo, pompa, casas suntuosas para os monges que não raro de banqueteavam fartamente. E não apenas isso. Ele se encheu de espanto ao ver a iniqüidade entre o clero, "gracejos imorais dos prelados, profanidade durante a missa, desregramento e libertinagem". "Ninguém pode imaginar", escreveu ele, "que pecados e ações infames se cometem em Roma... Se há inferno, Roma está construída sobre ele". Ainda em Roma, quando fazia penitência subindo de joelhos a "escada de Pilatos", ouviu uma voz dizendo: "O justo viverá pela fé" (Rm 1.17). Entendeu, então, que os homens não podem alcançar a salvação por suas obras. As penitências exigidas pelo clero romano não tinham valor algum. Seu afastamento de Roma se tornou cada vez maior. Lutero se indignou com a venda de indulgências. Pecados cometidos, ou os que porventura fossem praticados no futuro, eram perdoados pela Igreja, bastando que o pecador pagasse certa quantia. Lutero pregava que somente o arrependimento e a fé em Jesus Cristo poderiam salvar o pecador. O destemido sacerdote resolveu tomar uma atitude extrema. Afixou na porta da igreja de Wittenberg noventa e cinco teses contra as indulgências. Com base na Bíblia, mostrava que o Papa nem qualquer homem pode perdoar pecados. "Mostrava que a graça de Deus é livremente concedida a todos os que O buscam com arrependimento e fé". Rapidamente os ensinos de Lutero se espalharam pela Europa, e as verdades bíblicas começaram a se instalar nos corações. "ASSIM SERÁ A PALAVRA QUE SAIR DA MINHA BOCA: ELA NÃO VOLTARÁ PARA MIM VAZIA, MAS FARÁ O QUE ME APRAZ, E PROSPERARÁ NAQUILO PARA QUE A ENVIEI" (Isaias 55.11). "Aquele que deseja proclamar a verdade de Cristo ao mundo, deve esperar a morte a cada momento". Com esse pensamento Lutero se dirigiu a Augsburgo, cidade alemã, onde se defrontaria com os representantes do Papa Leão X. Convidado a retratar-se, Lutero não se dobrou diante de ameaças e confirmou todas as verdades que dissera em seus escritos. Não poderia renunciar à verdade. O prelado inquisidor, cheio de ódio, disse-lhe: "Retrate-se ou mandá-lo-ei a Roma".
Roma seria o fim do caminho, o caminho da morte, a morte na fogueira, tal qual acontecera com seu amigo John Huss. Na madrugada do dia seguinte, estando a cidade às escuras, Lutero conseguiu se evadir de Augsburgo contando, para isso, com a ajuda de amigos. Escapou milagrosamente das mãos do representante papal que intentara prendê-lo. Embora diante de tantas dificuldades, já classificado de herege, excomungado e condenado, Lutero não diminuiu suas severas críticas ao papado e às doutrinas romanas. Disse: "Estou lendo os decretos do pontífice e... não sei de o papa é o próprio anticristo, ou seu apóstolo...". Enquanto isso os papas intensificavam o negócio das indulgências. O Papa Alexandre VI, predecessor de Júlio II, foi quem instituiu a venda de indulgências, pois precisava de dinheiro "para adornar com diamantes e pérolas a filha Lucrécia Bórgia". Esse papa não só foi amante de sua própria filha, a célebre Lucrécia Bórgia, como foi amante, também, da irmã de um cardeal que se tornou o papa seguinte, Pio III, em 1503. Os papas Júlio II e Leão X, por sua vez, apelaram para o rendoso comércio do perdão, aquele tendo em mira a construção da Basílica de São Pedro e este para satisfazer seus gastos supérfluos. Um dos encarregados da venda de indulgências, o frei João Tetzel, fazia-o com voz forte nas feiras anuais, oferecendo a sua mercadoria. Dizia: Assim que o dinheiro tilinta na caixa, a alma salta fora do purgatório. Ninguém mais se importava em pecar e a moralidade estava em baixa. Se algum padre desejasse impor alguma penitência, os fiéis apresentavam o documento comprovando a "compra" do perdão divino. Enquanto a Igreja de Roma subtraía elevados recursos financeiros ao povo, com heresias, superstições e ameaças, Lutero se aprofundava no estudo da Bíblia. Declarava abertamente que não havia distinção entre pecado mortal e pecado venial - como dizia o catolicismo - pois, afirmava, "pecado é pecado, sem gradação, e qualquer pecado leva ao inferno, pois afasta o pecador de Deus". Boa parte de seus sermões era destinada a protestar contra o comércio das indulgências, dizendo que estas eram inúteis.
E perguntava: "Se o Papa pode libertar as almas do purgatório quando lhe dão dinheiro, por que não esvazia de uma vez o purgatório?" Abrimos aqui um parêntese para perguntar: se as missas de sétimo dia podem livrar as almas do purgatório, por que não se faz uma única missa (um missão) em favor de todas as almas e as livra de uma só vez do fogo purificador? Martinho Lutero continuou derrubando uma a uma, com a Palavra, as doutrinas romanas. A um enviado do Papa Leão X, que lhe propôs uma reconciliação e alegou, como argumento, a autoridade do Papa, Lutero respondeu com firmeza: "Só na Bíblia e não no Papa reside a autoridade". E continuou: "O próprio Cristo é o chefe da Igreja e não o Papa. Não lhe é permitido estabelecer um artigo de fé, sem base bíblica. "O papa é soberano legítimo, não com direito divino, mas humano". No dia 15 de junho de 1520, com a bula Exurge, o Papa Leão X "condenou quarenta e uma proposições de Lutero, ameaçando-o de excomunhão, se não se retratasse dentro de sessenta dias". Essa bula condenava, em suma, a liberdade de consciência. O historiador Schaff assim definiu o documento: "Podemos inferir daquele documento em que estado de servidão intelectual estaria o mundo atualmente, se o poder de Roma houvesse conseguido esmagar a Reforma. Difícil será avaliar quanto devemos a Martinho Lutero, no terreno da liberdade e do progresso..." Num gesto memorável de audácia, destemor e ousadia, utero queimou a bula papal em praça pública a 10 de dezembro de 1520. Por mais de uma vez Lutero compareceu diante dos emissários de Roma. Aconselhado a não se apresentar em razão do risco que corria, Lutero respondeu: "Ainda que acendessem por todo o caminho de Worms a Wittenberg uma fogueira... em nome do Senhor eu caminharia pelo meio dela; compareceria perante eles... e confessaria o Senhor Jesus Cristo". Na presença do imperador Carlos V, da Alemanha, de príncipes e delegados de Roma, que esperavam uma retratação do excomungado herege, Lutero falou: "visto que vossa sereníssima majestade e vossas nobres altezas exigem de mim resposta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e é esta: não posso submeter minha fé, quer ao papa, quer aos concílios, porque é claro como o dia que eles têm freqüentemente errado e se contradito um ao outro. A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras... não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; queira Deus ajudar-me. Amém". As tentativas de reconciliação do sacerdote Martinho Lutero com o papado, ou seja, os planos de fazê-lo voltar ao aprisco de Roma fracassaram todos: "Consinto em que o imperador, os príncipes e mesmo o mais obscuro cristão, examinem e julguem os meus livros; mas sob uma condição: que tomem a Palavra de Deus como norma. Os homens nada têm a fazer senão obedecer-lhe. No tocante à Palavra de Deus e à fé, todo cristão é juiz tão bom como pode ser o próprio papa, embora apoiado por um milhão de concílios". O Concílio em Worms não se deteve em examinar, pelas Escrituras, as verdades contidas nos pronunciamentos e escritos de Lutero. "Deus não quer - dizia ele - que o homem se submeta ao homem, pois tal submissão em assuntos espirituais é verdadeiro culto, e este deve ser prestado unicamente ao Criador. Alertado de que estava proibido de subir ao púlpito, recusou-se a obedecer: "Nunca me comprometi a acorrentar a Palavra de Deus, nem o farei". Lutero Livra-Se Da Fogueira Tão logo expirasse o prazo de um salvo-conduto que o imperador lhe concedera, Lutero, conforme resolução do Concílio, deveria ser preso, todos os seus escritos destruídos; a ninguém era permitido dar-lhe comida ou bebida, e os seus discípulos sofreriam igual condenação. Isto, em outras palavras, significava FOGUEIRA. O plano de Deus era outro. Para livrá-lo da fogueira um grupo de amigos "seqüestrou" a Lutero e o transportou, através da floresta, para o castelo de Wartburgo, construído nas montanhas, e de difícil acesso. Lutero alguns anos depois saiu daquele castelo e continuou fazendo discípulos e pregando o Evangelho da salvação. A Reforma estava implantada. A Luz alcançava muitos países. Iluminou a Europa, as Américas, a América do Sul, o Brasil... porque ninguém pode algemar a Palavra de Deus.
GALILEU GALILEI (1564 - 1642)
Físico italiano, fez numerosas descobertas nos campos da Física e da Astronomia. Com seu telescópio (luneta) descobriu as montanhas da Lua, os satélites de Júpiter, as manchas solares, as fases de Vênus, os anéis de Saturno. Suas descobertas e ensinos foram considerados uma heresia pelos censores romanos. Acabrunhado, doente, preso em Roma, assinou sua retratação. Antes, os inquisidores lhe mostraram a sala de tortura e os respectivos instrumentos. Combalido e ajoelhado diante dos representantes do Papa Urbano VIII, leu e assinou sua retratação: Eu, Galileu Galilei, tendo sido trazido pessoalmente ao julgamento e ajoelhando-me diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Cardeais, Inquisidores Gerais da Comunidade Cristã Universal contra a depravação herética... juro que sempre acreditei em cada artigo que a sagrada Igreja Católica, Apostólica de Roma, sustenta, ensina e prega.. Mas porque este Sagrado Ofício ordenou-me que abandonasse completamente a falsa opinião, a qual sustenta que o Sol é o centro do mundo e imóvel, e proíbe abraçar, defender ou ensinar de qualquer modo a dita falsa doutrina... com sinceridade abjuro, maldigo e detesto os ditos erros de heresia..."
A diabólica Inquisição não só condenou os ensinos de Galileu, mas também os de Copérnico. O Tribunal Inquisitório assim se pronunciou: "A tese de que o Sol é o centro do sistema e não se move ao redor da Terra, é néscia, absurda, teologicamente falsa e herética, sendo frontalmente contrária às Sagradas Escrituras..."
Galileu livrou-se da fogueira, mas passou vários meses sob prisão. Muito doente e cego, veio a falecer no dia 8 de janeiro de 1642. E a Igreja de Roma acabava de escrever mais um capítulo de terror em sua história. Em janeiro de 1998, o Papa João Paulo II, formalizou o tardio pedido de perdão ao notável astrônomo Galileu. Podemos imaginar quão constrangedor para esse notável homem foi ajoelhar-se diante de uma corte devassa e negar anos e anos de estudo e observação. Dizem que Galileu, antes de morrer, balbuciou: "a terra por si se move".
MÁRTIRES ANÔNIMOS
Wycliffe, Huss, Jerônimo e Lutero foram citados apenas como exemplo. O caminho da fogueira foi trilhado por milhares e milhares de mártires anônimos, gente simples, discípulos fervorosos, pessoas indefesas e pobres, homens, mulheres, jovens, velhos e crianças, vítimas da sanha assassina dos representantes da poderosa Igreja Católica Romana, que, aliada ao poder das armas, teve a pretensão de ser universal e de impor suas doutrinas aos seus súditos. Mártires anônimos foram os albigenses e os valdenses; mártir quase desconhecido foi Luís de Berquin, que, apaixonado pelo Evangelho, foi estrangulado e queimado em 1529 sem tempo para dar uma última palavra; mártires anônimos foram muitos franceses queimados vivos com requintes de crueldade, sem direito a defesa. A todos esses homens de fé e de coragem, baluartes da defesa das Sagradas Escrituras como única fonte de autoridade, a eles nossa homenagem póstuma, nossa gratidão, nossa admiração pelo que fizeram em prol de um cristianismo livre de heresias, de idolatria, de práticas pagãs.
UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE
Recuso-me a chamar a INQUISIÇÃO de Santo Ofício ou de Santa Inquisição. Seria santa se inspirada por Deus ou a Seu serviço. Não foi de inspiração divina porque Deus é amor. Deus não gera o ódio nos corações dos homens. Ele não é a fonte do mal. Não foi de inspiração divina a Inquisição porque Deus não iria perseguir, torturar e executar homens e mulheres que defendiam as Escrituras Sagradas, ou seja, a Palavra de Deus; não foi de inspiração divina porque muitos dos papas que direta ou indiretamente comandaram os massacres - papas, frades, monges, padres, cardeais (o clero romano) - não possuíam a direção do Espírito Santo, pois foram chamados de "antipapas" em razão do baixo nível moral em que viviam (adultério, imoralidade sexual, estupros, luxúria, etc). Quem comandou a Inquisição ou os Tribunais Eclesiásticos foi o próprio Satanás". O maior inimigo de Deus e do homem, ele, o Diabo, foi quem arquitetou esse plano diabólico nos palácios de Roma, pois ele era e é o mais interessado em algemar a Palavra de Deus; em não permitir a divulgação e propagação do Evangelho; em cristianizar o paganismo ou paganizar o cristianismo. A Inquisição teve, portanto, origem diabólica. O paradoxo é que esse crime contra a humanidade foi urdido no seio de uma igreja que se declarou infalível e dona da verdade. Em nenhuma outra época se assistiu com tanta realidade o cumprimento da profecia de Jesus: -"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos se escandalizarão, trair-se-ão mutuamente e se odiarão uns aos outros. Surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos... e este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o fim". (Mateus 24.9-14).
O cumprimento dessa profecia continua em andamento. Milhares de cristãos são mortos anualmente em todo o mundo. Mas, por outro lado, o evangelho do reino continua sendo pregado ("será pregado em todo o mundo"), mudando a vida de milhões de pessoas. As Cruzadas e a Inquisição mataram mais gente do que o nazismo na Segunda Guerra Mundial, na qual morreram seis milhões de judeus. Os massacres em nome de Deus vitimaram um número bem superior de pessoas classificadas de "hereges", acusadas de desenvolverem uma fé contrária à da Igreja Católica, de não aceitarem a "infalível" autoridade papal e de combaterem, ousadamente, a imoralidade, a ganância e a corrupção no clero romano. Não se tem notícia de que os assassinos da Inquisição tenham se submetido a um tribunal internacional para responder por seus crimes. Um ou outro papa foi preso e condenado, como no caso do Papa João XXIII (1410-1415) julgado e condenado pelo Concílio de Constança por cinqüenta e quatro crimes da pior espécie. A História condena a todos, mas a justiça maior virá do céu: o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Justo Juiz, quando voltar, derramará seus juízos sobre a Terra, e os criminosos que morreram sem arrependimento e conversão receberão o merecido castigo. O sangue dos mártires estará sempre na lembrança dos homens. As perseguições e os massacres foram contra o próprio Jesus. Vejam o que disse Jesus a Saulo, este que perseguia os cristãos (Atos 9.4-5):
- Saulo, Saulo, por que me persegues?
- Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
PALAVRAS FINAIS
O que relatamos neste estudo representa apenas uma pequena parcela do que realmente foi a diabólica Inquisição e o que ela representou de negativo para toda a humanidade. Os representantes papais nunca agiam sozinhos. A igreja Católica estava atrelada de tal forma aos imperadores, reis e governos que, por vezes, não se sabia o que pesava mais num massacre: se o motivo religioso, em que Roma defendia seus altos interesses, ou o político, sob manobra dos governantes. O certo é que a parceria Igreja-Estado fabricou uma arma mortífera: A Inquisição. O sangüinário Hitler tento purificar a raça ariana executando o povo judeu. Os sangüinários inquisidores tentaram purificar a fé católica matando os"hereges". Uma pergunta que devemos fazer é a seguinte: a Igreja Católica, apostólica e romana, foi realmente guiada desde sua instituição pelo Espírito Santo? Se a resposta for negativa, então a criação da Inquisição está plenamente justificada. Se positiva a resposta, isto é, se aceitarmos a versão de que o Espírito de Deus guiou essa Igreja desde o seu nascedouro, teremos que fazer outra indagação: O Espírito Santo errou ao escolher homens sanguinários para dirigir a Igreja de Cristo? O Espírito de Deus erra? Quando lemos o livro de Atos, deparamo-nos com o Senhor Jesus orientando, exortando e guiando Sua Igreja e até comissionando obreiros. Vejamos alguns exemplos: " O anjo do Senhor disse a Filipe: Levanta-te, e vai para a região do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta" (Atos 8.26).
"Disse o Senhor a Ananias, numa visão: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso, chamado Saulo, pois ele está orando... vai, ele é para mim um vaso escolhido para levar meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel" (Atos 9.10-15).
"Disse o Espírito Santo: Apartai-vos a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13.1-2).
"Passando (Paulo e Timóteo) pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. Quando chegaram à Misia, tentavam ir para a Bitínia. MAS O ESPÍRITO DE JESUS NÃO LHO PERMITIU" (Atos 16.6-7)
Assim, em muitas ocasiões o Espírito de Deus conduziu os destinos da Igreja de Cristo. Em nenhum momento vê-se aqueles santos cometerem qualquer deslize, qualquer ato reprovável. Não alimentavam o desejo de exterminar as essoas que não aceitavam o Evangelho ou não se convertiam. Para justificar os crimes cometidos pelos inquisidores a Igreja de Roma põe a culpa no Diabo. O Espírito Santo permitiu que forças demoníacas se instalassem na sede dessa Igreja, em Roma, donde saíram as bulas e decretos papais autorizando ou consentindo as Cruzadas, os massacres, as perseguições? Proibindo a tradução da Bíblia em outras línguas? Proibindo aos leigos a leitura das Sagradas Escrituras? Autorizando a venda de perdão (indulgências) como se fora uma mercadoria? Impedindo a livre manifestação do pensamento?
Não, não foi o Espírito de Deus que comandou essa carnificina chamada Inquisição. Quem armou essa trama foi o mesmo espírito que enganou a Eva; o mesmo que tentou a Jesus no deserto, e o mesmo que encarnou em Hitler. Foi ele mesmo, o Diabo, que assumiu o comando em Roma e dirigiu o banho de sangue na Europa e em outras partes do mundo. A igreja Católica perdeu uma das melhores oportunidades de sua história de voltar-se à Palavra de Deus, remover os empecilhos, rever suas doutrinas, ouvir os reformadores, humilhar-se, arrepender-se e suplicar a misericórdia do Senhor. Somente assim a influência maligna seria contida.
Por mais que desejemos fazer reflexões com serenidade, não conseguimos conter nossa perplexidade diante de tantos desatinos promovidos por homens que se diziam, "Vigários de Cristo" e "infalíveis". Os crimes cometidos em nome da fé católica, quer nas Cruzadas, quer nos Tribunais de Inquisição, são crimes inqualificáveis, crimes contra a humanidade, e como tal devem ser lembrados por todos os séculos. Jesus afirmou que "AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA A SUA IGREJA" (Mateus 16.18). Não prevaleceram. A Igreja de Cristo, que parecia aterrada diante do poder de Roma, saiu-se vitoriosa. As muralhas de Jericó foram derrubadas. De nada valeram as perseguições, as humilhações e a matança. A luz do Evangelho se espalhou por todo o mundo. Não houve como impedir a propagação do Evangelho do nosso Salvador. Mais uma vez o inimigo foi derrotado. Acossados em determinada cidade ou região os crentes procuravam refúgio nas cavernas, nos guetos ou em outras nações. Mas por onde passavam davam testemunho de sua fé. Por toda a parte a fé bíblica era aceita com alegria, em substituição à fé católica. A Igreja de Roma viu cair por terra seu intento de ser universal. A palavra "católica" quer dizer universal. Nas regiões onde o protestantismo prevaleceu, a Igreja romana foi substituída por uma série de igrejas evangélicas autônomas, completamente desligadas do poder papal. O sangue dos justos serviu para regar a Palavra plantada. A Inquisição não impediu o crescimento numérico e qualitativo dos protestantes, que, submissos a Deus e à Sua Palavra, desprezam tradições e dogmas não alinhados com a Bíblia Sagrada.
Louvado, engrandecido e exaltado seja o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Eis aí apenas um esboço do que foi a diabólica INQUISIÇÃO, que tantos malefícios causou à humanidade. Muito longe estamos de conhecer todos os labirintos dos tribunais inquisitórios. O atual representante da Igreja de Roma (estamos em agosto/98) tem ensaiado pedidos de perdão, como no caso de Galileu Galilei. Mas pergunto: pedido de perdão a quem? A Deus? À Humanidade? Às famílias das vítimas? Ora, não se pode pedir perdão a Deus em nome de um pecador. Ademais, não é o caso de pedido de perdão em nome da entidade religiosa, porque não será a Igreja Romana que receberá o castigo eterno. O castigo será individual. Cada um receberá pessoalmente a sentença do Justo Juiz. Logo, o pedido de perdão formulado pela Igreja Católica, através de seu líder, é na verdade um gesto elogiável, uma manifestação de humildade, mas, por si só, não apaga o pecado dos algozes da Inquisição. Sem arrependimento não há perdão e sem perdão não há salvação. Todos os envolvidos nos massacres - papas, cardeais, frades, monges, reis e rainhas - se não se arrependeram de seus crimes e não rogaram o perdão de Deus, ou seja, se não se converteram ao Senhor Jesus antes de morrerem, certamente estão num lugar de TORMENTOS, e ali aguardarão a plenitude dos tempos para serem lançados no GEENA. É assim que ensina a Palavra de Deus:
"Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos HOMICIDAS, e aos adúlteros, a aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será NO LAGO QUE ARDE COM FOGO E ENXOFRE, que é a segunda morte" (Apocalipse 21.8).
INQUISIÇÃO NUNCA MAIS
Católicos e protestantes hoje vivem em paz. A Igreja Católica não mais classifica os protestantes de "hereges". Hoje, chama-os de "irmãos separados". Exceção feita às escaramuças na Irlanda do Norte, que duram 30 anos, crentes e católicos não se defrontam, não se enfrentam no corpo a corpo. O Vaticano, não se pode negar, empenha-se pela paz entre as nações. A Igreja Católica reconhece seus erros e, humilde, pede perdão à Humanidade. Devemos perdoá-la... mas não podemos apagar a História. A verdade é que as fogueiras do Santo Ofício não mais se acenderão. Nunca mais Inquisição. Graças a Deus.
GLOSSÁRIO
ABJURAR - Renunciar solenemente a uma crença ou religião.Desdizer-se ou retratar-se.
ALBIGENSES - Membros de uma seita religiosa no sul da França, nos séc. XII e XIII. Negavam a realidade da encarnação de Jesus Cristo e condenavam a procriação.
ANTIPAPAS - São considerados os falsos papas. Chefe de igrejas locais, geralmente bispo, que pretendeu, por oposição ao Romano Pontífice, governar toda a Igreja Católica. Hipólito foi o primeiro antipapa de 217 a 235, nascido em Roma, eleito pelo povo.
APÓSTATA - Aquele que renuncia à fé cristã.
AUGSBURGO - Cidade da Alemanha.
AUTOS-DE-FÉ - Cerimônias em que se executavam as sentenças da Inquisição. Passou a chamar-se assim, principalmente, o suplício dos penitentes pelo fogo.
CLÉRIGO - Aquele que pertence à classe eclesiástica. Sacerdote cristão.
CLERO - A corporação dos sacerdotes. Classe eclesiástica.
CONCÍLIO - Reunião de bispos da Igreja Católica, convocados para estudar assuntos de interesse eclesiástico.
CONSTANÇA - Cidade da Romênia.
CONTRA-REFORMA - Movimento restaurador iniciado pela Igreja Católica, com vistas a superar as dificuldades surgidas com a Reforma. O Concílio de Trento (1545 - 1563) concretizou esses esforços
CRUZADAS - Expedições militares de caráter religioso que se faziam na Idade Média, contra hereges ou infiéis.
EXCOMUNGAR - Separar da Igreja Católica qualquer dos seus membros. Expulsar, tornar maldito, condenar.
GUETO - Rua ou bairro onde são isoladas pessoas ou grupos por imposição econômica, racial ou religiosa.
HEREGE - Pessoa que professa doutrina contrária ao que foi definida pela Igreja como sendo matéria de fé. Eram chamados os que se opunham às doutrinas da Igreja Romana.
HUGUENOTE - Designação depreciativa que os católicos franceses deram aos protestantes, especialmente os calvinistas, e que estes adotaram.
ICONOCLASTA - Indivíduo que não reverencia imagens ou obras de arte. Que as destrói.
ICONÓLATRA - Diz-se do indivíduo que adora ou venera imagens, ídolos ou obras de arte.
IGNOMÍNIA - Grande desonra. Infâmia.
IMPETÉRRITO - Destemido, impávido, sem temor.
INCESTO - União sexual ilícita entre parentes consangüíneos, afins ou adotivos.
INDULGÊNCIA - Graça concedida pela Igreja Católica aos seus membros, perdoando total ou parcialmente a pena devida a um pecado. Perdão de pecados. A venda de indulgências pelo Papado foi a principal causa da Reforma.
INQUISIÇÃO - Nome dado a um tribunal eclesiástico criado oficialmente em 1229, no Concílio de Toulouse, também chamado Tribunal do Santo Ofício, com poderes para julgar, condenar à morte ou prender pessoas suspeitas de não professarem a fé católica.
INQUISIDOR - Juiz do Tribunal da Inquisição.
LUBRICIDADE - Qualidade de lúbrico: lascivo, sensual, devasso.
MANIQUEU - Adepto ou membro do maniqueísmo, seita que teve simpatizantes na Índia, China, África, Itália e sul da Espanha, segundo a qual o Universo foi criado e é dominado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, e o mal absoluto ou o Diabo.
MÁRTIR - Pessoa que sofreu tormentos, torturas, perseguições ou a morte por sustentar a fé cristã.
MONGE - Religioso que vive em mosteiros e está sujeito a uma regra comum.
NOITE DE SÃO BARTOLOMEU - Designação dada à matança de huguenotes que se iniciou em Paris na noite de S. Bartolomeu (em 24 de agosto de 1572) e se estendeu por toda a França, e até 3 de outubro daquele ano o número de mortos elevou-se a 50.000.
PAPA - Título dado ao chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. Também chamado Sumo Pontífice Romano.
PROCESSO SUMÁRIO - Objetivo, resumido, sem formalidades, rápido, sem apelação para a instância superior, sem direito a defesa.
PROTESTANTES - Nome dado aos partidários do protestantismo que, no séc. XVI, compreendia uma crença contrária à fé católica e à autoridade suprema do papa.
REFORMA - Movimento religioso e político que, no princípio do séc. XVI, quebrou a unidade católica, dividindoa Igreja em dois campos: o católico e o protestante.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Conflito iniciado no dia 1º de setembro de 1939 e terminado em 2 de setembro de 1945. Iniciou-se com a invasão da polônia pelos alemães. A Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha poucos dias depois. A maioria dos países do mundo participou dessa guerra, inclusive o Brasil. O conflito terminou com a derrota dos alemães.
SIMONIA - Tráfico de coisas sagradas ou espirituais, tais como sacramentos, dignidades, benefícios espirituais.
SODOMIA - Relação sexual anal entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos.
SÚDITOS - Aqueles que estão submetidos à vontade e outra pessoa. Vassalos.
TE DEUM - Expressão de origem latina que significa "A ti Deus". Cântico da Igreja Católica em ação de graças, que principia por essas palavras.
TOULOUSE - Cidade do sudoeste da França.
VALDENSES - Nome pelo qual são conhecidos os membros de um grupo protestante fundado na região francesa de Vaud (hoje cantão da Suíça), no séc. XII.
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS
ALEXANDRE IV - Papa de 1254 a 1261. Autorizou a instalação do Tribunal Inquisitório em França.
BONIFÁCIO VIII - Papa de 1294 a 1303. Sobre ele diz a The Catholic Encyclopedia: "Dificilmente qualquer possível crime foi omitido - infidelidade, heresia, simonia, grosseira e inatural imoralidade, idolatria, mágica, perda da Terra Santa, morte de Celestino V, etc. Historiadores protestantes e até mesmo modernos escritores católicos classificam-no entre os papas iníquos, como ambicioso, arrogante e impiedoso, enganador e traiçoeiro. O poeta Dante visitou Roma e descreveu o Vaticano como um "esgoto de corrupção". Uma das frases desse Papa: "Gozar e deitar-me carnalmente com mulheres ou com meninos não é mais pecado do que esfregar as mãos".
GALILEU GALILEI - (1564 - 1642) - Italiano nascido em Pisa. Introduziu o método experimental como o mais importante dos métodos das ciências naturais. Fez numerosas descobertas e invenções, a exemplo da luneta (mais tarde telescópio) com que desvendou alguns mistérios dos astros. Defendeu a tese de que a Terra e os demais planetas se moviam em torno do Sol, sendo este o centro do Sistema. A Igreja Católica prestou um desserviço à Ciência ao julgar, condenar e prender um dos mais fecundos investigadores da época.
GREGÓRIO XIII - Papa no período de 1572 a 1585. Aprovou a Cruzada contra os huguenotes, cujo desfecho se deu a 24 de agosto de 1572, "Noite de S. Bartolomeu". Como troféu, recebeu a cabeça de Gaspar de Coligny.
INOCÊNCIO III - Papa no período de 1198 a 1216. Autorizou a Cruzada contra os albigenses, sul da França, em 1208.
JERÔNIMO DE PRAGA - Religioso tcheco, discípulo do reformador João Huss; acusado de ataques às autoridades eclesiásticas, foi condenado à fogueira pelo Concílio de Constança em 1416. Nasceu em 1360.
JOANA D´ARC - (1412 - 1431) - Heroína francesa também chamada a "Virgem de Orleans". À frente de um pequeno exército que lhe confiara o Rei Carlos VII, venceu aos ingleses em Orleans e Patay (1429). Considerada herética, foi condenada à fogueira em 1431 e canonizada em 1920.
JOHN HUSS - Nascido em 1369 e queimado vivo na fogueira em 1415. Teólogo e reformador religioso tcheco, natural de Husinec, Boêmia. Acusado de heresia e condenado à morte por não abjurar suas idéias.
JOHN WYCLIFFE - Nasceu em 1320 e faleceu em 1384. Teólogo inglês, precursor da Reforma, natural e Hipswell. Pregava uma Igreja sem a direção papal, era adversário das indulgências e combatia o excesso de bens materiais dos clérigos. Suas doutrinas foram condenadas no concílio de Constança.
JOSÉ JEOVAH MENDES - Nasceu em Itapiúna (Ce), a 24 de maio de 1955. Na década de 60 ingressou na Escola Apostólica de Baturité - Ce, dos padres jesuítas, para dar curso à sua vocação sacerdotal. Alguns anos depois desligou-se dessa Ordem e ingressou no Convento dos Franciscanos, em Canindé (Ce), onde permaneceu até 1976. Autor do livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA", onde faz duríssimas críticas à Igreja Católica Apostólica Romana.
LEÃO X - Papa no período de 1513 a 1521. Nasceu em Florença (Itália). Excomungou formalmente Lutero em 1521. Seu nome civil: Giovanni de Médicis. Seus recursos financeiros garantiram rápida ascensão na Igreja: aos oito anos de idade já era arcebispo, e aos treze foi cardeal. A the Catholic Encyclopedia relata que Leão X "entregou-se sem restrições aos divertimentos... possuído por um amor insaciável ao prazer... gostava de dar banquetes e divertimentos caros, acompanhados por orgia e bebedeira".
MARTINHO LUTERO - Nascido em 1483, natural de Eisleben, Saxônia, fundador da doutrina protestante, em oposição ao catolicismo. Doutorou-se em Teologia pela Universidade de Wittenberg. Em 1517 submeteu suas teses a debate. Em 1520 foi excomungado como herege pelo Papa Leão X. faleceu em 1546.
TOMÁS DE TORQUEMADA - (1420 - 1498) - Sacerdote espanhol da Ordem dos Dominicanos, inquisidor-geral da Espanha por muitos anos, responsável pela morte de 10.200 cristãos não católicos na fogueira, afora cerca de cem mil pessoas encarceradas ou expulsas do país.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA - Bíblia de estudo pentecostal. Revista e corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil.
CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos. ENCICLOPÉDIA BARSA. Enciclopaedia Britannica Ltda. 15 volumes, edição 1977.
MENDES, Jeovah. Os piores assassinos e hereges da história. 1997.
VIDAS ILUSTRES. Coleção - Volumes VI (os cientistas) e IX (líderes religiosos).
WHITE, Ellen G. O grande conflito. Edição condensada; Tradução de Hélio L. Grellmann; 1992.
WOODROW, Ralph. Babilônia: a religião dos mistérios.