A coisa que eu mais fico assustado é com gente que se diz Cristã, mas não reconhece a Batalha Espiritual que existe. Não estou criticando aqueles que são contra, mas a verdade bíblica é outra e Satanás consegue muitas vitórias contra alguém que nem ao menos sabe que está na guerra. A Batalha Espiritual existe, quer você queira ou não. Não adianta ficar “escondido” e se fazer de morto, ou você entra na guerra, ou você perde! Cada crente possui lutas diárias em sua caminhada com o Senhor. O apóstolo Paulo foi até impedido por Satanás em certas ocasiões de pregar em determinado local:
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“Pelo que fizemos o possível de ir visitar-vos, ao menos eu, Paulo, em diversas ocasiões, mas Satanás nos impediu” (1Ts.2:18)
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Veja que o próprio apóstolo Paulo, homem correto diante de Deus, teve lutas contra o Diabo e chegou até a ser impedido por ele de pregar em certos lugares, mas tem crente que se acha o super-men evangélico! Sabemos que Paulo ganhou muito mais lutas do que perdeu, mas ele era humano e, às vezes, Satanás obtinha êxito em frustrar seus planos. Observe que não está escrito que Deus mudou de idéia sobre a viagem de Paulo. Está escrito claramente que Satanás o impediu. Nem mesmo Paulo ficou isento da guerra! E a Bíblia retrata bem que essa guerra existe:
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“Porque a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra principados e potestades, contra os príncipes das trevas desse século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef.6:12)
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O que é isso que Paulo retrata em Efésios? GUERRA, ora!!! Existe uma guerra que está sendo travada, uma disputa entre o bem e o mal, nas regiões celestiais, e a Igreja não está isenta, nunca esteve, e cada crente tem uma guerra (perceba que Paulo diz “a nossa luta”, ele não isenta ninguém da guerra). A maioria das pessoas param em Efésios 6:12, nas palavras: “A nossa luta não é contra.”
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Mais batalha espiritual:
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“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.” (Dn.10:13).
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A Bíblia retrata nesta passagem de Daniel uma guerra que estava acontecendo nas regiões celestiais. E tudo para impedir que o anjo entregasse a Daniel a resposta de sua oração! E o que Daniel ficou fazendo nesse meio-tempo em que a resposta não chegava? Jogando pôquer? NÃO! Ele ficou vinte e um dias de jejum! A batalha espiritual depende fundamentalmente das nossas próprias atitudes, quanto a isso veremos mais a seguir.
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Essa batalha é bem exemplificada na batalha entre Israel e Amaleque em Êxodo 17:8-13. Nessa famosa passagem, Moisés subiu ao topo de uma montanha com a vara de Deus em sua mão, enquanto Josué conduzia o exército ao campo de batalha no vale. Quando Moisés erguia a vara de Deus, Israel prevalecia; quando ele a abaixava, Amaleque prevalecia. A vitória não foi decidida pela força e nem pelo poder do exército de Israel. Se esse fosse o caso, eles não teriam vacilado quando Moisés abaixava a vara. Nem foi pelo moral – eles não estavam olhando para Moisés em busca de inspiração, enquanto travavam uma batalha corpo-a-corpo! Foi uma batalha invisível nas regiões celestiais que realmente decidiu a vitória no campo de batalha.
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Quando negamos essa batalha, Satanás obtém vantagem sobre nós. 2Coríntiois 2:11 diz: “A fim de que Satanás não obtenha vantagem sobre vós, pois não ignoremos as suas intenções”.
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MAS ESPERA AÍ! JESUS JÁ NÃO VENCEU NA CRUZ? SE O DIABO JÁ ESTÁ DEBAIXO DOS NOSSOS PÉS ENTÃO POR QUE TEMOS QUE “BATALHAR” CONTRA ELE?
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Um argumento bastante usado por aqueles que não reconhecem a batalha espiritual é que Jesus já venceu na cruz, e por isso o diabo já está debaixo dos nossos pés, portanto não resta mais guerra nenhuma à Igreja. Essa é uma má interpretação do que realmente significa o “está debaixo dos nossos pés”.
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Antes, porém, vamos voltar um pouquinho no tempo, até a época de Josué. O nome Josué, que na verdade é a mesma palavra grega para o nome Jesus, havia sido mudado anteriormente para compor essa imagem. Seu nome original era Oséias. Depois que Josué e o exército de Israel derrotaram os cinco exércitos dos cananeus em defesa dos gibeonitas (Josué 10:22-27), os reis desses exércitos fugiram e se esconderam em uma caverna. Ao descobri-los, Josué ordenou que lhe trouxessem os reis e os fez deitar no chão. Ele estava para desempenhar um costume bem conhecido, que era o de colocar o pé sobre o pescoço ou a cabeça do inimigo para exibir a vitória. Várias vezes, o exército derrotado, ou exércitos nesse caso, eram apresentados em desfile perante o rei ou o general vitorioso, enquanto ele “exibia” a sua conquista. É a isso que Colossenses 2:15 está se referindo quando diz que Cristo “tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”.
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Josué, contudo, está para fazer algo bem diferente e muito profético. Em vez de colocar o pé no pescoço desses reis, como era costume, ele chamou alguns de seus soldados e mandou que colocassem os pés sobre o pescoço daqueles reis. O quadro de Cristo e a sua Igreja, seu exército, apresentado aqui não poderia ser mais literal. Em cumprimento a esse quadro profético, Jesus derrotou Satanás, seus principados e potestades, os dominadores desse mundo tenebroso, Ele também chamou seu exército e disse: “Coloquem os seus pés sobre o pescoço desses inimigos”.
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Quando Efésios 2:6 diz que “Deus nos ressuscitou em Cristo”, isso significa que Jesus está dizendo: “A vitória não é apenas minha, mas de vocês também”. Ele também está dizendo: “O que eu fiz, vocês devem executar. Eu coloquei o inimigo sobre os meus pés legalmente, sobre minha autoridade, mas vocês devem exercer essa autoridade em situações individuais, fazendo com que ela tenha cumprimento literal”. É por isso que Romanos 16 diz: “Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês”. E Lucas 10:19 diz: “Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano”. O Salmo 110, um salmo messiânico e profético relacionado a Cristo, também retrata nossa relação com Ele. Ele prediz que Cristo, após sua ressurreição, subiria para a mão direita do Pai. De acordo com o NT, no momento de sua ascensão e glorificação, Ele já havia colocado todas as autoridades sob seus pés:
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“Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés, e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja” (Ef.1:22)
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“Porque ele tudo sujeitou debaixo de seus pés. Ora, quando se diz que ‘tudo’ lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo” (1Co.15:27)
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Mas o Salmo 110 nos diz que Ele ainda estaria esperando que esses inimigos fossem colocados por estrado de seus pés: “Sentaste à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés” (Sl.110:1)
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Espere um minuto. Temos aqui uma contradição entre essa profecia messiânica e os versículos do NT que dizem que depois que Ele subiu para a mão direita do Pai, os inimigos já estavam sob seus pés? Não. Então por que essa aparente incoerência? Os inimigos estão sob seus pés ou serão colocados lá depois? A resposta é: Sim!
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Ele [Jesus] venceu a Satanás e a seu reino; nós executamos essa vitória.
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Eles estão sob seus pés legalmente por causa da cruz. Eles estão literalmente quando nós fazemos a “nossa parte”. Os versículos 2 e 3 do Salmo 110 descrevem a nossa parte:
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“O Senhor estenderá o cetro de teu poder desde Sião, e dominarás sobre os teus inimigo! Quando convocares as tuas tropas, o teu povo se apresentará voluntariamente. Trajando vestes santas, desde o romper da manhã os teus jovens virão como o orvalho”
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A palavra “poder” nessa passagem é traduzida como “exército”. Cristo está procurando um exército voluntário que estenda o poderoso cetro de sua autoridade, domine no meio de seus inimigos e execute a grande vitória de Jesus. Assim, mais uma vez, Ele colocou todas as autoridades sob seus pés ou somos nós que colocamos? Sim! Ele colocou, nós executamos. Ele conquistou Satanás e seu reino; nós executamos essa vitória.
COMO A GUERRA COMEÇA?
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Basicamente, a partir da oração (eu não estou dizendo que aquele que não ora está isento da guerra, tão-somente que, quando oramos, há retaliação do maligno). Quando pedimos alguma coisa em oração, seja alguma coisa para nós ou até mesmo por avivamento ou que o reino de Deus venha, Satanás obviamente não fica “de braços cruzados” com tudo isso, ele vai lutar contra isso, contra aquilo que você pede, pois de nada interessa a Satanás que você tenha o seu pedido atendido. Muitas pessoas relacionam erradamente a oração como uma “arma”. A Bíblia nunca retrata a oração como sendo uma arma. A Bíblia retrata várias “armas” que nós temos para usar nessa batalha (veremos mais sobre isso a seguir), mas a oração não é uma arma. A oração é a guerra. Quando você ora, a guerra é iminente.
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MAS ENTÃO QUAIS SÃO AS MINHAS ARMAS? COMO EU VENÇO ESSA GUERRA?
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Efésios
6:13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
6:14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
6:15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
6:16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
6:17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
6:18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
6:19 E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho.
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Apenas por essa passagem de Efésios já dá para concluirmos que temos de usar nessa guerra: A armadura de Deus, o cinturão da verdade, a couraça da justiça, o “calçado” da pregação do evangelho, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito.
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Perceba que de todas as nossas “armas” apenas a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (v.17), é uma arma de ataque. Todos os outros são de defesa. Sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Paulo nos estimula a lermos a Palavra de Deus, como uma arma de ataque. Ora, se Paulo diz que a leitura da Bíblia é um meio de ataque ao inimigo, é porque nós somos edificados quando a lemos e a praticamos. Isso está de acordo com o que Paulo escreve em 2Timóteo 3:16,17:
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“Toda Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
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Percebeu quanto coisa boa que a leitura das Escrituras nos trás? Paulo diz que ela serve para ensinar, redargüir, instruir em justiça, e para ser perfeitamente instruído em toda a boa obra. E essa mesma Palavra de Deus, Paulo diz que serve como arma de ataque contra o nosso inimigo, Satanás (Ef.6:17). É por isso que o diabo quer tanto impedir a sua leitura. É por isso que ele fez tanta coisa para impedir a sua leitura e a sua divulgação na Idade Média, e é por isso que até hoje muitos Cristãos tem um verdadeiro receio de ler a Bíblia, muito embora leiam tantos outros livros. A leitura da Bíblia não só nos edifica, como também nos serve de arma nessa batalha espiritual.
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Paulo também cita o cinturão da verdade. A verdade é Jesus Cristo (Jo.10:10; Jo.14:6). Temos que andar nos caminhos Dele, e obedecê-lo. Não adianta fingirmos que estamos na verdade, quando na realidade estamos encobertos na mentira e no pecado. Sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb.12:14), e sem andar no caminho da verdade é impossível ganhar qualquer batalha espiritual. Note que Paulo faz uso do “cinturão da verdade” como uma arma de defesa. Se não andarmos na verdade, ficaremos expostos aos ataques do inimigo contra a nossa vida.
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A couraça da justiça é o revestimento da justiça de Deus em nós, como mais uma arma de defesa contra o inimigo. Se não andarmos na justiça que Deus nos ordenou que andássemos, de nada adianta entrarmos em qualquer batalha espiritual. Deus quer que sejamos justos e honestos em tudo e que andemos na sua justiça. Nós somos embaixadores de Cristo na Terra (2Co.5:20), e como tal devemos andar na justiça de Deus. Outra arma citada por Paulo nessa passagem de Efésios é “o calçado da pregação do Evangelho”. Cristo não nos chamou para o aceitarmos e ficarmos parados em casa de braços cruzados. Filipenses 3:12 diz que “nós fomos alcançados (por Deus) para alcançar (outras pessoas, não-convertidas)”. Cristo ao deixar este mundo disse para os apóstolos: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc.16:15). Nós temos um objetivo aqui neste mundo. E esse objetivo não é só o de guardarmos a nossa salvação até o dia do juízo final, mas o de alcançarmos o maior número de pessoas não-convertidas e as guiarmos à luz do evangelho da glória de Cristo, pois foi para isso que nós fomos alcançados por Deus. E pregar o Evangelho é mais uma das armas a nosso favor citada por Paulo nessa batalha espiritual que enfrentamos todos os dias.
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Paulo também cita o escudo da fé. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11:6). Ora, a fé é o fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hb.11:1). Cristo disse que “qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.” (Mc.11:23). Para ter fé, é primeiro necessário crer que Deus existe e que é galardoador daqueles que o busca. A fé, segundo Paulo, não é apenas algo necessário na vida de um Cristão e fundamental para uma oração, mas também é um escudo nesta luta que temos contra o maligno. Por fim, Paulo cita o capacete da salvação. Para tomarmos este capacete, temos que confessar que Jesus Cristo é salvador único e suficiente das nossas vidas (At.4:12), pois “se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Rm.10:9). Para usar este capacete também é preciso que tenhamos a convicção de que somos salvos, e que não estamos andando no caminho errado. Paulo diz que “a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co.1:18). Nós temos que tomar posse da salvação que temos em Cristo Jesus e colocar em prática o verdadeiro evangelho, pois de nada adianta sermos salvos por Cristo se não praticarmos o que está escrito: “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não praticante, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural, porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.” (Tg.1:23,24).
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Sem essas coisas: A santidade, a verdade, a justiça, a pregação do evangelho, a fé, a salvação, e a leitura da Palavra de Deus, dificilmente alguém ganha uma batalha espiritual. Essas são as nossas armas. As seis primeiras são de defesa. O inimigo lança “setas inflamadas” contra nós (Ef.6:16), e se não colocarmos em prática alguma dessas seis coisas mencionadas acima, estaremos abertos ao ataque de Satanás contra as nossas vidas. A última (leitura da Palavra de Deus) é a única arma mencionada de ataque. Isso porque você é edificado quando lê a Palavra (2Tm.3:16,17), e com maior edificação pessoal mais fácil fica para nós colocarmos em prática o Evangelho, e a santificação. 2 Timóteo 3:16 e 17 nos diz que a leitura da Palavra de Deus serve para ensinar, redargüir, instruir em justiça, e para ser perfeitamente instruído em toda a boa obra. Isso é fundamental para a nossa caminhada cristã.
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Perceba que a partir do versículo 18, Paulo pede para que as pessoas orem no espírito e suplicassem por todos os santos, e por ele mesmo: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho”. Note que ele já havia parado de mencionar as nossas armas de ataque e de defesa nessa guerra que temos contra o inimigo, que vão desde o verso 13 até o 17. Por quê? Porque, como eu já disse, a oração não é uma arma, mas sim a guerra. E para vencermos nessa guerra temos que praticarmos todas essas coisas mencionadas acima. A oração é fundamental na vida cristã. Orar não só por nós mesmos, mas pelos outros irmãos, é incentivado na Bíblia toda. 1 Timóteo 2:1 nos diz: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens”. A oração intercessória tem um poder muito grande, quando vinda de um homem justo e íntegro diante de Deus. Perceba também que o apóstolo Paulo diz para orarmos no Espírito, também freqüentemente interpretado como “orar em línguas”. O “falar em línguas” é uma linguagem de oração, e quem ora a Deus é o Espírito Santo: "Se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto... Orarei com o espírito.." (1Co.14:14,15). Ora, há muitas coisas que o homem não sabe fazer; uma delas é orar, de fato Paulo diz que "não sabemos o que havemos de pedir como convém" (Rm.8:26). Mas Deus, conhecedor dos limites do nosso corpo e da nossa mente, enviou o Espírito Santo para socorrer a esta fraqueza humana. Mas de que maneira o Espírito supre a esta falta de conhecimento e de expressões apropriadas e satisfatórias? Intercedendo Ele mesmo pela boca daqueles que foram batizados com o Espírito Santo, de fato quando um crente cheio do Espírito fala em outra língua, o Espírito Santo não está fazendo mais que orar por ele e pelos santos, pedindo a Deus para fazer coisas que tanto ele como outros crentes têm necessidade. O falar em línguas também tem um poder muito grande no reino Espiritual, e nos auxilia nessa batalha contra o nosso adversário, Satanás.
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A QUESTÃO DA “LEGALIDADE”
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Quando tratamos de batalha espiritual, é impossível não entrarmos no assunto da legalidade. Os demônios são seres extremamente legalistas. Já vimos que a santidade, a verdade, a justiça, a pregação do evangelho, a fé e a salvação, são armas de defesa (escudos) contra os ataques do maligno. Quando nós desagradamos a Deus e cometemos um pecado de grande conseqüência, o que acaba acontecendo é que você perde (mesmo que temporariamente) as suas armas de defesa, o que acaba resultando que você fica exposto aos dados inflamados do maligno (Ef.6:16). É para essa “legalidade” que damos o nome de brecha. Existem vários exemplos bíblicos para isso, vou citar apenas alguns. Davi, rei de Israel e correto diante de Deus, cometeu adultério com Bate-Seba, esposa de Urias, e depois o mandou para frente da batalha, o que acabou resultando na morte de Urias também. O que acabou resultando é que a proteção de Deus a Davi acabou se rompendo, e o seu filho que nasceu dessa junção acabou sendo morto, ainda recém-nascido. Noutra ocasião, Davi deu ouvidos aos planos de Satanás e provocou o recenseamento da nação. Resultado: O Anjo de Senhor matou setenta mil pessoas da nação. Isso que eu estou dando um exemplo de alguém com um coração reto diante de Deus. Mas por que isso acontece? Por que Deus é mal e gosta de fazer os outros sofrerem? Não! Porque a cerca de proteção que Deus dava a Davi foi retirada de sobre ele quando ele pecou nessas ocasiões, o que acabou o levando à tragédia. É claro que, quando se volta a Deus, a proteção volta também. Ninguém fica desolado para sempre. A Bíblia retrata muito bem como essa “cerca de proteção espiritual” realmente existe:
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“Pois tu, Senhor, abençoas o justo; o teu favor o protege como um escudo” (Sl.5:12)
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“Deus me protege como um escudo, ele salva os que são honestos de verdade” (Sl.7:10)
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“É o Senhor Deus quem protege aqueles que o temem, é ele quem guarda aqueles que confiam no seu amor” (Sl.33:18)
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Quando Deus mostrou para Satanás o seu servo Jó, ele (Satanás), respondeu:
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“Será que Jó não tem razões para temer a Deus? Acaso não puseste uma cerca em volta dele e da família dele e de tudo o que ele possui? Tu mesmo o tens abençoado em tudo o que ele faz, de modo que os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra” (Jó 1:9,10)
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Mas essa cerca de proteção, esse escudo que protege aqueles que servem e obedecem a Deus, pode ser retirada:
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“Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face. O Senhor disse a Satanás: Pois bem, tudo o que ele possui está em suas mãos...” (Jó 1:11,12)
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O que aconteceu nesse momento? Deus retirou a cerca de proteção que protegia Jó (Jó.1:9) e dessa forma Satanás conseguiu ter o domínio sobre todas as coisas que pertenciam a ele. Jó perdeu todos os bois, ovelhas, camelos, filhos e filhas, e até a própria integridade dele foi atingida! A cerca de proteção pode ser retirada pelo pecado ou pela permissão de Deus (como foi no caso de Jó). Mas ela não é retirada para sempre. O fim da vida de Jó foi sobrenaramente próspero, e ele recebeu tudo em dobro do que ele tinha antes. A cerca de proteção, que havia sido temporariamente retirada dele, voltou! Essa cerca de proteção, esse escudo de Deus, só protege aqueles que amam a Deus e o teme, àqueles que são honestos de verdade (Sl.7:10), mas se porventura cairmos na fé, estaremos expostos aos dados inflamados do maligno. Todavia, quando pecarmos, pratiquemos o perdão e o arrependimento, confessando os nossos pecados diante de Deus, a fim de que a mão do Todo-Poderoso esteja novamente sobre nós, porque “o Anjo do Senhor acampa ao redor daqueles que o teme e os livra” (Sl.34:7)
CONCLUSÃO
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Satanás ainda “anda em derredor, bramando como o leão, procurando a quem possa tragar” (1Pe.5:8). Mas nós, que somos a Sua Igreja, temos o poder na autoridade do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, de expulsar e até repelir demônios, nós que somos lavados com o sangue dele temos que executar essa vitória que Cristo teve no Calvário, “preenchendo o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a Igreja” (Cl.1:24). Temos que tomar cuidado em não “supervalorizar” o adversário, pois nós sabemos que “se Deus é por nós, ninguém será contra nós” (Rm.8:31), e nós “tudo podemos naquele que nos fortalece” (Fp.4:13). Mas também não podemos negar a batalha espiritual e muito menos subestimar o nosso adversário. Satanás é inteligente, ele enganou até a anjos! Paulo recomenda firmemente para ficarmos firmes contra “as astutas ciladas do maligno” (Ef.6:11). Revesti-vos, pois, de toda a armadura espiritual, de todas as armas que podemos usar nessa guerra espiritual, que não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados e as potestades, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais. Cingindo-vos com o lombo da verdade, a couraça da justiça, a pregação do evangelho, tomando o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e orando em espírito o tempo todo, por todos os santos. Porque estou certo de que “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm.8:38,39). Aleluia!
extraído do site http://lucasbanzoli.no.comunidades.net